Thursday, September 28, 2006

Vago...Vazio

Momentos sem sentido… angustia perdida… locais esquecidos…olhares feridos… tropeço pelo tempo, caio na espera, vivo de segundos, numa alma eterna… são lágrimas que marcam um corpo caído, são lábios de desejo que fecham o sentimento mordido… são passos ensurdecidos pelos gritos de um silêncio… são palavras escassas para tal tamanho de falácias…
Sou vago…incompleto… nada mais esta alma pode dar… … sou um vazio… sou uma palavra indefinida num vácuo de definição… sou a melodia que o saxofone teima em tocar… mas ninguém por ela se deixa encantar… sou aquilo que nada esperas… sou uma vivência em latência… sou… o que sou?... Nada sou…
Posso ser…não… nada sou…
Os meus olhos já não são o caminho para minha alma… fui abandonado… não passam agora de uns simples globos oculares… frios… sem vida…sem alma…sem nada que acalma… deixa que este corpo sem forças se finda…que o mar me acolha como se mais uma alga ele albergasse… que a maré me levasse e de mim tratasse…
Que a chama do sol sobre o meu corpo o queime… que as gotas da chuva sobre minha alma a afogue… que um suspiro o vento o leve… para que o grito de saxo o pegue…
E… no fim… já sem forças... este corpo no chão se ceder… lembra que são os teus olhos que não quer perder… e repara para o resto do brilho no olhar... esconde uma palavra que só tu podes escutar...

O cheiro da terra beija
A face que nela encosta
E a minha alma naquele momento deseja
Que tua alma ali esteja imposta...

Tuesday, September 26, 2006

Gota de Prata...

Minha feiticeira… minha gota de prata…os teus olhos revelam a serenidade dos campos, o brilho do mar… a chuva que encanta… o vento que canta e alma que melodicamente numa valsa se deixa beijar…
Em cima de um monte um saxo se vai ouvir gritar…por ti feiticeira… por ti gota de prata… pelos ventos do mundo a todos os cantos e recantos… este som por ti será levado… a tua alma pela minha será beijada… e num insano silêncio os teus olhos verão aquilo que os meus te irão falar...

Serei sempre um longo beijo para ti, serei sempre um olhar bem perto do teu coração… serei o toque quente que numa noite fria te invade e aquece, serei aquele sonho que em ti desperta o prazer de não quereres acordar…e se acordares o desejo de o recordares… serei para ti aquele silêncio nos dias mais loucos…serei para o ti sorriso dos dias mais tristes… e no fim serei para ti o olhar… e não mais um olhar…mas sim aquele olhar em que tua alma num segundo, num milésimo de segundo se arrepiará e verá um beijo que eternamente te marcará…
Ouvirás o final do solo que aquele louco…insano… saxo… deixará de gritar… e olharás para minha face e verás a tua gota… minha gota de prata… aquela gota que tu me deixaste encontrar nos olhos da chuva que te fez criar…

Chuva, que bela semente deixaste
Que encanto por ela em mim criaste,
Chuva, lindos são os teus olhos,
Pela gota de prata que na Terra marcaste…

Sunday, September 24, 2006

As sensações que...tão bem me mostras

Acordei com um tilintar que vinha do exterior … na janela do meu quarto escorriam gotas provenientes dos olhos das nuvens… sento-me lá fora a contemplar tal divindade... essas gotas agora sobre a minha face fazem corridas de esperança… lembrei-me de ti… da maneira com gostas da natureza… de como gostas de andar descalça sobre a terra molhada… do cheiro dessa terra… de como o mais simples acto em ti realça um sorriso e a tranquilidade que depois os teus olhos mostram ao mundo…
Já te disse o quanto te desejo?...
... Deixo-me estar durante algum tempo debaixo deste mundo que hoje verte das suas nuvens a vontade de confessar algo … o meu corpo se encontra molhado… todo o este desperta para o enorme mundo das sensações... gota a gota... todo este corpo as sente… e a minha alma… a minha alma divaga entre o cheiro da terra que tu tão bem descreves com os teus olhos… e com os teus lábios… sabes o quanto adoro contemplar os teus lábios? … Por vezes ainda sinto o sabor deles junto aos meus… se, neste segundo tu me ouvisses, neste mesmo instante em que escrevo, se tu me ouvisses, te pediria que num sussurro me dissesses o que vês com os teus olhos fixos nos meus… tenho a certeza que os teus lábios rasgariam o mais bonito sorriso…



Sobre esta pele que me reveste,
Com as gotas das nuvens vou escrever,
O nome que a minha alma veste,
E o sorriso que não quer perder…

Saturday, September 23, 2006

Amor...

Deixo-vos aqui a mais bela declaração de amor, um poema fantástico de ALEXANDRE O'NEILL ... um pouco de como vai a minha alma...


"
Há Palavras Que Nos Beijam "


"
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte. "

Um conselho, a nossa Mariza, no seu album transparente encanta com a sua voz quado interpreta este poema... Encantem-se com tais palavras
de amor...

Wednesday, September 20, 2006

... não quero que me vejam...

Desapareceste… Procuro pelo teu olhar… sou um vazio… sinto que desapareci na última frase que de mim ouviste… Nada tenho a mais para te oferecer, sou um simples pedaço de carne onde uma alma adormeceu e nada a faz acordar… arrasto-me por ruas sem saída… a minha mente permanece num estado vegetativo… o meu corpo inactivo deambula entre um sentimento de solidão e sentido de frustração… sou eu assim... amargurado por ter perdido o teu sorriso… os meus olhos fecham lentamente… e o peso da uma tristeza infindável se estabelece em mim… Choro, corro, salto e as lágrimas numa velocidade constante fogem da minha face, batem no chão e gemem com se dos últimos segundos da minha vida se tratasse… continuo a correr… as minhas forças já limitadas pelas batidas fracas deste coração, pedem-me para parar…
Deixei de saber onde estou, deixei de saber quem sou… deito-me no chão e tento sentir o meu respirar…mas… para quê?... Se o meu último fôlego em ti foi deixado… Para quê sorrir, se era para ti que queria sorrir… deixa-me nos teus braços descansar… deixa que este corpo no teu corpo se funda, que esta alma encontre a tua e que estes meus olhos veja o raiar dos teus… que os meus lábios num instante sejam os teus, que a minha pele seja tua e como se de um salto temporal todas estas lágrimas que agora se perdem no chão frio, banhassem o teu rosto num acto de desejo… assim te beijo…

Onde estás, por onde andas?
Onde estás, por quem chamas?
Será que oiço o meu nome?
Ou iludo-me neste mar que inflamas…

Onde estás, eu te procuro!
Sinto a tua falta, o teu carinho,
A minha frente vejo um muro
Que não consigo subir sozinho…

Sunday, September 17, 2006

O incompleto...ser

O teu olhar deixou-me confuso… Um olhar perdido, vago, deixado ao acaso num cruzar de olhos pouco convincente… todo o meu corpo tremeu… tornando assim a minha existência física enfraquecida e todo o meu espírito entristecido…
Passei as horas seguintes vagueando à beira-mar, os meus pés banhados por uma refrescante alma… e a minha alma em sucessivos tumultos banhados por pensamentos pouco límpidos e seguros…o teu toque deixou…

(Relembro agora o teu toque…é uma brisa leve que beija suavemente os meus olhos, que os faz fixar o horizonte num acto infinito e nesse mesmo instante sinto um toque de veludo nos meus lábios, um cheiro a flores que num impulso, num acto de control descontrolável, … libertam a sua mais louca fragrância. É a tua essência…)

Ainda agora sinto o toque da tua mão na minha, e vejo e revejo aquele momento único, aquele espaço temporal inactivo onde tu… largas a minha mão… olhas para mim e deixas um perfume de um sorriso tímido e leve… e… oiço um conjunto de letras que como de um código encriptado se tratasse…”Até amanha”…

Indefinido, estranho, confuso assim estou …


Por um momento que fosse
Gostava que me lesses a alma,
Que me saboreasses como de um livro se tratasse

Por um momento que fosse
Gostava que provasses as minhas lágrimas
E num copo de vidro as guardasses…

Thursday, September 14, 2006

Caminho para o infinito... ou para um fim

Vivo hoje um dia estranho, em meu redor oiço uma melodia de pouca qualidade onde os seus acordes arranham a minha alma provocando uma dor que me devora segundo a segundo
…caminho sozinho…
...Choro…
Os meus sentidos estão confusos… tremo de calor… sinto uma vaga de vento a bater na minha face e as minhas lágrimas viajam sem sentido…, os meus pensamentos não passam de um simples acto de desespero pelo desejo da racionalidade… A insanidade controla a minha mente…
No fundo, bem lá no fundo oiço algo melódico mas completamente arritmado como um coração que bate desalmadamente… bate e volta bater, estremece e volta a estremecer… e nada faz sentido…
As imagens são sucessivas e tu… simplesmente desapareces entre as palavras… adeus…e…ate já
Perco o controlo sobre mim…as forças já são escassas para convencer a desistires de um “adeus” …e… em silêncio segrego, entre dois suspiros… desejo-te ao pé de mim…

Não me deixes, deixar de te sentir
E deixa-me enlouquecer,
Nesses teus olhos o meu corpo ferir
Até a minha alma no teu mundo se perder…

Wednesday, September 13, 2006

Desafio Respondido

Após alguns dias em que a minha actividade estundantil e profissional impediram-me de actualizar tanto o meu blog, como visitar aqueles blogs que mais gosto, voltei então ao mundo da blogosfera e deparei-me com um desafio proposto pelo meu
  • bom amigo J.T.
  • a que correspondo então com o maior gosto:

    6 Informações aleatórias conhecidas ou desconhecidas à cerca do meu "eu";

    1.. Literatura, como me delicio com um bom livro podendo esta passar pela clássica banda desenhada até a um Richard Bach, Fernando Pessoa passando pelos mais alternativos escritores como por exemplo Rui Zink.

    2..Jazz, tendo um saxofone a fazer o solo e uma voz feminina a acompanhar é de me deixar num estado auditivo de puro prazer; entre vários artistas deixo-vos com uma sugestão: Madeleine Peyroux e um cd dela : Careless Love simplesmente genial.

    3..Rir, adoro rir, sorrir, dar aquelas gargalhadas até ficarmos sem fôlego, rir por tudo e ao mesmo tempo rir por nada... talvez seja tolinho quem sabe...

    4..Desporto, é outra das minhas paixões, praticar um pouco de desporto para mim é essencial, independentemente de ter curta ou longa duração(até porque não aguento muito tempo)...

    5-Raro é o dia em que não faço uma visitinha a um amigo meu, indespensável na minha vida... o meu amigo ...mar... é sem duvida um dos "seres" mais fantásticos...

    6- Por fim deixo-vos duas frases que demonstram um pouco o meu estilo de ser:

    "Um dia sem aprender algo de novo, não é dia!"

    "Posso arrepender-me de ter mentido, de ter sido causa de angústia e sofrimento mas nunca nem na hora da morte me arrependo de ter amado alguém."

    E assim meu amigo respondi ao teu desafio, e aqui te deixo o meu abraço..

    Saturday, September 09, 2006

    PARA TI...

    Hoje deambulo por pensamentos que me prendem as palavras… gostava que de um único sussurro pode-se dizer o que eu acho de ti… e tenho a certeza que sairia da minha boca um pouco entreaberta uma voz que melodicamente se transformava num som audível e numa linguagem entendida por ti… és a minha outra metade…

    A tua maneira de olhar para mim com tamanha tranquilidade faz me desejar que não te afastes de mim, que me deixes com um toque suave os meus lábios tocarem nos teus, e o toque da minha mão na tua face provocar um arrepio que num único sentido fosse uníssono em ambos, pois então seríamos um só…


    Sento me rodeado de pensamentos, deito me rodeado de filamentos… as palavras beijam os meus olhos e num acto descontrolado os fecho e grito num silencio ensurdecedor…todos os elementos da noite me acompanham numa sinfonia silenciosa de puro sentimento onde a tua imagem com um sorriso brilhante acalma esta alma um pouco agitada…e com tanta turbulência sentimental, num estado desorganizado (“onde o caos é uma ordem por descobrir”) a minha alma encarecida experiência o mais bonito dos sentimentos…


    Deixo a minha alma liberta
    Para que possa voar
    Para que no infinito do pensamento
    Ela livremente … possa amar

    Thursday, September 07, 2006

    O texto que hoje transcrevo para este blog, é um texto de ninguém que alguém atribui a Gabriel Garcia Marquez e que este escritor fantástico negou-o sendo dele. Seja ou não é irrelevante, sendo relevante para nós estas deliciosas palavras que aqui vos deixo...

    "A marioneta"

    "Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapos e me brindasse com um naco de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas com certeza, pensaria tudo o que digo.Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois entendo que para cada minuto que cerramos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz…Andaria quando os demais param, despertaria quando os demais dormem. Escutaria quando os demais falam, e como desfrutaria de um bom sorvete de chocolate.Se Deus me obsequiasse com um naco de vida, vestiria de forma simples, atirar-me-ia de bruços ao sol, deixando a descoberto, não só meu corpo mas também minha alma.Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo, e esperaria pelo nascer do sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que ofertaria à lua.Regaria com as minhas lágrimas as rosas, para sentir-lhes a dor dos espinhos e o encarnado beijo das pétalas…Deus meu, se um naco de vida eu tivesse…Não deixaria passar um único dia sem dizer às pessoas que quero, que lhes quero.Convenceria a cada mulher ou homem que são meus predilectos e viveria enamorado do amor.Aos homens provaria quão equivocados estão ao pensar que deixam de se enamorar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se enamorar. A uma criança daria asas, mas deixaria que sozinha aprendesse a voar. Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendi convosco, mulheres e homens…Aprendi que todo mundo quer viver no cume da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir as escarpas.Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua mãozinha pela primeira vez o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.Aprendi que um homem só tem direito de olhar para outro de cima para baixo quando deve ajudá-lo a levantar-se. São tantas coisas que pude aprender de vós, mas afinal não me serão de muita serventia porque quando me guardarem dentro desta maleta, infelizmente estarei morrendo"

    Tuesday, September 05, 2006

    O silêncio da tua prensença

    Perdido, sento-me no escuro, tento escutar o silêncio que me rodeia pois as palavras que hoje emito são meros grunhidos sem sentido que transbordam de uma alma pobre, enfraquecida pela descoberta matinal de que nada mais tinha a oferecer a este mundo… Hoje sou aquilo que sempre temi, sou tudo de um nada, um nada que enche um vazio pouco consistente reflectindo um vendaval de emoções absorvidas por esse tal nada, libertando aí as minhas lágrimas de um tudo perdido… fundido numa alma pobre e vaga… sim, sou eu … já não oiço as minhas palavras, já não oiço o bater do meu coração, já não oiço a voz da serenidade, já não me oiço…eu que vivo da calma, da paz, de rir, e sim …do amor…, onde estou, quem sou eu …? Sou aquilo que sempre temi…
    A alma … onde esta a minha alma… estou angustiado por algo que não sei explicar estou perturbado por algo que sei… ou não…
    Não sei aquilo que alguém me disse que iria saber, mas sei que o que sou hoje, sim hoje e não amanha mas hoje, não sou o que fui ontem, no entanto gostava que a minha alma fosse aquilo que foi, antes de ser aquilo que é … e eu deixar de ser aquilo que sou … pois sou aquilo que sempre temi… sou vago ou as minhas palavras enchem algo que a torna tão completa, estou confuso ou será que estou lúcido, será que tudo isto e simplesmente uma alucinação de uma alma descontrolada por falta de alguém que neste momento não a sabe ler, ver ou talvez tocar…. Pois com um pouco de vontade as palavras que aqui escrevo para alguém seriam transmitidas pelo toque carinhoso e quente, como esta palavra que me beija a face e desce vertiginosamente e, de leve toca os meus lábios deixando um doce e eterno sabor a insanidade, loucura ou …. Talvez deixe um toque simples de solidão…


    Senta -te e fecha os olhos
    Tudo a tua volta tem formas
    Formas que te incutiram de caracteriza-las
    Mas escuta-as
    O que dizem, o que falam?
    Sente, mas não as sintas só por sentir
    Sente-as por queres
    Sente-as porque elas têm algo para te dar
    Sente e absorve o bom e o mau
    Pois mau ajuda a crescer
    O bom ajuda a sorrir

    Ri
    Ri todos os dias
    Mesmo quando o rir não passo de um gesto consciente e forçado
    Ri porque rir é algo que nos liberta a alma
    Que nos liberta o sonho

    Senta te e sente
    Sente o que te rodeia
    Sente aquilo que já mais pensaste sentir
    Mas sente porque queres
    Sente porque evoluíste

    Senta te aqui
    Senta te e tenta ouvir
    Ouvir o que vem de mim
    De mim, não da minha boca
    Sente a minha pulsação
    E não o suor dos meu olhos
    Sente

    Mas sente porque queres,
    Não sintas porque achas que fica bem
    Senta te ao pé de mim
    O que vês

    Vê mas vê sem abrires os olhos

    As palavras que te escorregam na pele
    Não abras olhos
    Porque eles podem dar te um mundo, é verdade
    Mas se os manténs abertos, erradamente
    Dão te um mundo irreal
    Um mundo onde tudo o que farás
    Não passará de uma deambulação de palavras
    Sem fim que caíram longe de um gesto palpável

    Senta te aqui ao pé de mim
    Senta te e sente
    Sente o meu toque
    Sente os meus lábios
    Mas acima de tudo
    Sem abrires os olhos

    Sente aquilo que me vai na alma
    Aquilo que te dou
    Mas não te vendo
    Aquilo que te dou se quiser
    A um sentir que não perdes

    Senta te aqui ao pé de mim
    Senta te e sente

    Agora o que sentes
    Com o que te rodeia?
    É o mesmo de à instante?
    Ou será que mudou?

    Diz o que sentes
    Mas diz me sem abrires os olhos
    Pois o que vês não é com os olhos
    “É com alma de muita gente.....”

    Saturday, September 02, 2006

    Adormecido... nos teus olhos

    Hoje derramo lágrimas, lágrimas que me beijam suavemente os lábios, lágrimas que num silêncio inquietante provoca em mim um tenebroso medo, medo de ver a tua fantasia, o teu sorriso, o teu toque desaparecer na queda da tua alma, ao longo de um grito angustiante…
    Choro desesperado, choro porque em tempos sorria, choro porque o brilho dos meus olhos está enfraquecido… as lágrimas desfazem se em palavras pouco ricas, os gritos são abafados pela dor que vagueia em mim, tremo a cada instante, os segundos são meros impulsos de dor … a insanidade que percorre o meu corpo dolorido rasga expressões faciais pouco sentidas e sorrisos perdidos…
    A minha alma percorre deambulações inexistentes, as melodias silenciosas são como breves momentos de angústia que empobrecem a minha, já pobre alma... neste momento adormece as palavras que percorriam a minha face…já não derramo gritos insanos que eram ouvidos pelas mentes de ninguém e escutados pelas almas de outrem… enfim, são instantes de pura calmia, podendo assim descansar o olhar profundo de uma alma sem sentido…

    Hoje descanso o olhar,
    Hoje não tenho medo de te perder,
    Hoje tenho medo de te beijar
    E nos teus olhos não encontrar
    O desejo de me querer…