Wednesday, September 20, 2006

... não quero que me vejam...

Desapareceste… Procuro pelo teu olhar… sou um vazio… sinto que desapareci na última frase que de mim ouviste… Nada tenho a mais para te oferecer, sou um simples pedaço de carne onde uma alma adormeceu e nada a faz acordar… arrasto-me por ruas sem saída… a minha mente permanece num estado vegetativo… o meu corpo inactivo deambula entre um sentimento de solidão e sentido de frustração… sou eu assim... amargurado por ter perdido o teu sorriso… os meus olhos fecham lentamente… e o peso da uma tristeza infindável se estabelece em mim… Choro, corro, salto e as lágrimas numa velocidade constante fogem da minha face, batem no chão e gemem com se dos últimos segundos da minha vida se tratasse… continuo a correr… as minhas forças já limitadas pelas batidas fracas deste coração, pedem-me para parar…
Deixei de saber onde estou, deixei de saber quem sou… deito-me no chão e tento sentir o meu respirar…mas… para quê?... Se o meu último fôlego em ti foi deixado… Para quê sorrir, se era para ti que queria sorrir… deixa-me nos teus braços descansar… deixa que este corpo no teu corpo se funda, que esta alma encontre a tua e que estes meus olhos veja o raiar dos teus… que os meus lábios num instante sejam os teus, que a minha pele seja tua e como se de um salto temporal todas estas lágrimas que agora se perdem no chão frio, banhassem o teu rosto num acto de desejo… assim te beijo…

Onde estás, por onde andas?
Onde estás, por quem chamas?
Será que oiço o meu nome?
Ou iludo-me neste mar que inflamas…

Onde estás, eu te procuro!
Sinto a tua falta, o teu carinho,
A minha frente vejo um muro
Que não consigo subir sozinho…

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

...não querendo ser visto não se é encontrado..a não ser com a pureza da alma que está do outro lado de ti à tua espera e é a certa. Mesmo que ainda não se tenha apercebido de tal.
A energia das lágrimas coloca-as em palavras que encontrem o rumo até ela. Continua o sorriso como luz que a encaminhe até ti...não é o sal das lágrimas que ela procura mas a luz do sorriso.

Ela estará onde a souberes encontrar...por isso, encontra-te a ti primeiro...

Um beijo grande aqui da Teia...que adorou reler o texto... : )

8:29 AM  
Blogger Catraia_Sofia said...

Um texto francamente marcado por sensibilidade... gostei!

8:42 AM  
Anonymous Anonymous said...

Hoje, Bruno, fiquei eu sem palavras ... de repente, como por Magia, ouvi uma voz que "conheço a falar" ... decidi, uma vez mais continuar o teu poema, como se fosse a Voz do Eco a responder:

"Onde estás, por onde andas?
Onde estás, por quem chamas?
Será que oiço o meu nome?
Ou iludo-me neste mar que inflamas…

Onde estás, eu te procuro!
Sinto a tua falta, o teu carinho,
A minha frente vejo um muro
Que não consigo subir sozinho… "

***
Vêm, sobe, que te estou a lançar
esta escada feita de palavras soltas,
soltas letras loucas
de uma teia de encantar...

Que sou fada,
moira encantada,
aqui estou amuralhada,
vêm no teu cavalo alado,
leva-me para o teu lado...

Solto a raiz ao pensamento,
nestas notas ora soltas...

São baloiço, são trapézio,
são vara, são farol ou guia...
são tal um alicerce que nos
une ao novo dia.

Vêm, vêm por aqui ...
que somente para ti,
secretamente construi
uma jangada de amor ...

Foi feita ao longo dos tempos
foi feita de folhas alvas,
ao sabor das madrugadas,
em todos os longos momentos
em que te fiquei a chorar ...

Nesta cantilena amena de uma
mulher a minar ...o fruto do
seu Amor!

Anda salta,
que a maré está a avançar,
e mais difícil será,
desse modo aqui chegar...
que das gotas de sal
que tombam do meu olhar
está-se o Mar a encapelar ...

Vem,
escuta o meu lamento,
ouve o meu chamamento,
ouve o marulhar do vento...

São vagas, são correntes,
são chaves soltas no ar...
Corre, corre, meu querido amor,
que as consegues inda alcançar ...

Do meu coração dei-te a chave,
dei-te cadeado e segredo,
dei-te uma coroa de Rei,
dei-te uma taça de Mel,
dei-te o doce de um olhar,
dou-te agora este poema,
tal carta de marear...

Marinheiro do Mar alto,
faz-te à vaga, faz-te ao mar...
toca o saxofone em segredo,
que sem medo, partirei p'ra te abraçar...

E te darei um sorriso,
e um belo narciso,
e um beijo de Luar,
e um promessa eterna,
de um eterno conjugar
o singelo verbo "Amar".

»»»
Um bj de Mel ... e um poema antigo: http://blog.comunidades.net/maresiademel/index.php?op=arquivo&pagina=7&mmes=08&anon=2006

11:31 AM  
Anonymous Anonymous said...

Bom dia Bruno, voltei ... hoje estou Inverno! Muito triste! Vim ver ser o teu Mar estava calmo, sereno e feliz. E se ouvia o Saxo ... Dois elementos lindos! Lindos! E na noite, amigo, uma noite de Luar e um Saxo? Eu já ouvi, em Cuba... Olha amigo, de suster a repiração! Mergulhar apenas ... e esquecer o resto!

Nós o que amamos o Mar (eu sou "mar", tenho olhos de mar, dizem ...) não podemos viver longe dele. Eu tenho essa felicidade, acordo a ver o Mar ... aqui em Lisboa, o "Mar da Palha" (um braço de rio, do Tejo) e noutro lugar, perto de ti ... Mar mesmo! Mar sem fim ... e Baia! Depende para onde me viro ... tenho Mar em todos os sentidos ...é uma Peninsula. Adivinha ... Boa, Bruno, é aí!

Enfim, como não "Postaste" ... deixo-te mais um poema meu, que escrevi e como muitos, ninguém leu ... não nos leêm Bruno, nós bem desfolhamos as Almas ao vento, mas as folhas parece que se colam em brumas de Solidão. Que fazer?
Bjs amigo, então aqui vai! Espero que gostes! E mt obrigada pelas tuas palavras e pelas visitas às "Casinhas de Mel"...
O poema: http://blog.comunidades.net/maresiademel/index.php?op=arquivo&pagina=5&mmes=08&anon=2006

6:01 AM  
Anonymous Anonymous said...

É... amar também dói!
Que o digam as almas abandonadas pelas outras... as que não têm sentimentos... as que esquecem facilmente... as que, depois de juras de amor... simplesmente desaparecem...

Um beijo soprado

9:41 AM  
Anonymous Anonymous said...

Bruno, bom dia ... vou ver o mar!
Queres que lhe leve o teu abraço?
Deixa ... eu levo! Por tds os que o amam!
Bjs de Mel

3:51 AM  

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